sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Novos paradigmas de sala de aula

Novos paradigmas de sala de aula: cinco mandamentos para uma transição feliz

Gonçalo Margall*
Transformar uma sala de aula tradicional em um ambiente multimídia só produz os resultados esperados – alunos que aprendem mais e melhor – quando, em paralelo, acontece o mais importante: investir no professor, investir no professor, investir no professor
O uso das novas tecnologias educacionais na sala de aula está, hoje, num momento de profunda avaliação. Foi-se o tempo em que se comprava tecnologia por tecnologia; educação, algo fundamental para o crescimento e o amadurecimento de um país, não pode ficar nas mãos do mercado. Em todas as regiões do Brasil há, hoje, educadores e pesquisadores tentando mapear o quanto, de fato, o uso dessas soluções está ajudando o aluno a aprender mais e melhor, com menos problemas de comportamento, menos evasão escolar.  Isso vale para a rede pública de ensino e para a rede privada; isso vale para universidades e cursos profissionalizantes ou técnicos. Aprender é um trabalho duro que pode ou não ser facilitado pelo uso dessas novas tecnologias.
Pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC), por exemplo, avaliou o nível de aproveitamento de todos os alunos das escolas públicas do município de José de Freitas, no Piauí. São crianças que, desde 2009, estudam em salas de aula munidas das mais novas tecnologias interativas e multimídia (lousas digitais, laptops e tablets, softwares educativos, etc.). A pesquisa indicou que os alunos que tiveram aulas de Matemática neste ambiente melhoraram suas notas em 8.3 pontos em relação ao período letivo anterior. Os alunos que estudaram Matemática em salas com layout tradicional melhoraram apenas 0.2 ponto em relação ao período letivo anterior.
Essa não é a única pesquisa que tenta mensurar o quanto as novas tecnologias educacionais são mero modismo ou eficaz ferramenta de aprendizagem. No município do Guarujá, no estado de São Paulo, a rede pública conta com diversas escolas munidas de sala multimídia. Em uma dessas escolas, foi feito um comparativo para determinar o quanto essas novas tecnologias facilitavam o acesso do aluno ao conhecimento. A turma da Sexta Série A tinha aulas de Geografia em uma sala tradicional. Neste ambiente, 35% das crianças alcançavam médias satisfatórias; ao passar a ter aulas de Geografia numa sala multimídia, a percentagem de alunos que conquistaram notas satisfatórias saltou para 80%.
Essas pesquisas são a ponta do iceberg de um universo muito mais amplo. Ainda há muito a se avaliar sobre este tema. Mas já é possível definir algumas colunas do que seria o uso adequado – ou seja, que produz os resultados esperados – das novas tecnologias educacionais. Aqui vão os 5 mandamentos de como seria caminhar em direção à sala de aula interativa da forma mais eficaz possível:
1) Manter o foco no professor, e não na tecnologia. A mera instalação na sala de aula de equipamentos interativos não garante que a classe esteja tendo uma aula interativa, com acesso a novas experiências educacionais. Mais importante do que comprar o produto A ou B é investir tempo e dinheiro para ajudar o professor a se apaixonar por esta nova infraestrutura multimídia e, a partir daí, passar a desenvolver novas aulas. Esse é um desafio importante, e que depende da diretoria de cada escola e da visão de cada fornecedor de soluções educacionais para ser vencido. O professor tem de sentir que ganha, e muito, ao abandonar seus antigos métodos em sala de aula e passar a usar de forma criativa e provocadora as novas tecnologias. Mais do que capacitar o professor quando a nova tecnologia entra na sala de aula, é fundamental manter programas de formação continuada em longo prazo.
2) Oferecer para o professor acesso a uma comunidade para o desenvolvimento de novos conteúdos e novos modelos de aula. Não cabe ao fornecedor A ou B ou à entidade educacional C ou D ser a fonte de conteúdos revolucionários, que farão o melhor uso das novas tecnologias de sala de aula. Esses personagens podem e devem suportar o desenvolvimento desses conteúdos. É papel do professor, de pesquisadores, de especialistas em educação, “inventar” novas e atraentes aulas a partir do novo ambiente educacional. Comunidades locais, comunidades interligadas por redes sociais, comunidades internacionais e comunidades voltadas ao desenvolvimento de conteúdos específicos sobre disciplinas específicas (Português, Matemática, Ciência, etc.) são essenciais para suportar a missão do professor audaz, que anseia desvendar novos horizontes e cativar os alunos ao longo de toda esta caminhada.
3) Fale com quem usa esta tecnologia antes de comprar essas soluções. Procure visitar escolas que já tenham vivido esse processo de transição – migrar de salas de aulas tradicionais para salas multimídia – para saber a verdade sobre esta tendência. Vale a pena falar com os diretores, com os professores e, se possível, acompanhar aulas que aconteçam dentro da sala multimídia. Isso dará à pessoa que busca novos horizontes na educação a percepção do que realmente faz diferença para os alunos, o que é apenas uma mudança cosmética.
4) Prepare-se para aprender muito e mudar seus paradigmas. O verdadeiro educador sabe que tudo muda nesta área e que é impossível voltar ao passado. Em 1910, a Universidade de Chicago realizou um estudo para determinar por quanto tempo um aluno conseguiria prestar atenção à aula. Chegou-se à conclusão de que 50 minutos eram o tempo máximo que um professor conseguiria prender a atenção de um aluno. Estudos recentes realizados também nos EUA mostram que, agora, o tempo máximo de concentração limita-se a intervalos de 8 minutos. Em educação, a quebra de paradigmas não tem fim. O aluno que parece não estar prestando atenção na aula, checando mensagens no Twitter, pode estar procurando informações essenciais para a discussão em sala de aula; numa universidade, o aluno que troca mensagens via Facebook com seu amigo pode estar simplesmente realizando um trabalho em grupo.
5) Nunca esqueça a importância de um conteúdo bem construído. A infraestrutura da sala multimídia pode ajudar o professor a dar uma aula brilhante, atraente, que mantém os alunos conectados a ele todo o tempo. Mas isso não diminui a importância da sólida formação em conhecimentos, da capacidade de estar sempre atualizado. Esse é um valor eterno da educação. Com as novas tecnologias educacionais, a única diferença é que a forma de transmitir esses conhecimentos também é mais atualizada.
A beleza do momento que vivemos hoje é que muitos educadores estão decididamente caminhando ao encontro da cultura (inclusive cibernética) e dos comportamentos de seus alunos. Boa parte do corpo docente está pronta a ver na tecnologia uma aliada. Isso significa transformação.

*Gonçalo Margall é diretor da Sapienti, empresa pioneira no segmento de Tecnologia Educacional. 
Texto disponível em: http://professordigital.wordpress.com/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

Ortografia II

O blog Utilizando as Mídias na Educação sempre disponibiliza excelentes jogos para nos ajudar a escrever melhor: Clique aqui

sexta-feira, 27 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Demonstrativo - Regência Verbal

Como analisar vídeos em sala de aula

COMO VER O VÍDEO
Durante a exibição
- Anotar as cenas mais importantes.
Depois da exibição
- Rever ou comentar com o grupo as cenas mais importantes ou difíceis. Preste atenção para determinadas cenas, para a trilha musical, diálogos, situações.
- Observar o som, a música, os efeitos, as frases mais importantes.
Leitura globalizante
Fazer, depois da exibição, estas quatro perguntas:
- Aspectos positivos do vídeo?
- Aspectos negativos?
- Idéias principais que passa?
- O que vocês mudariam neste vídeo?
Se houver tempo, essas perguntas serão respondidas em grupo. Os alunos destacam as coincidências e divergências. O grupo faz a síntese final, devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam valores, que mostram como o grupo é).
Leitura Concentrada
Escolher, depois da exibição, uma ou duas cenas marcantes. Revê-las uma ou mais vezes. Perguntar (oralmente o por escrito):
- O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra)?
- O que dizem as cenas (significados)?
- Conseqüências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo)?
ANÁLISE DA LINGUAGEM
- Que estória é contada (reconstrução da estória)?
- Como é contada essa estória
- O que lhe chamou a atenção visualmente?
- O que destacaria nos diálogos e na música
- Que idéias passa claramente o programa (o que diz claramente esta estória).
- O que contam e representam os personagens. Qual o modelo de sociedade apresentado?
- Ideologia (conjunto de idéias  que orientam as ações) do filme.
- Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos de antemão, sem discussão).
- Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o trabalho, o amor, o mundo).
- Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a estória.

Disponível em Análise de textos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Nova maneira de trabalhar produção textual

Preparei este material para auxiliar os professores quanto ao uso do google docs para compartilhar, corrigir, comentar, e publicar os textos dos alunos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gêneros Textuais

Material muito interessante que pode ser útil aos colegas da área. Generos Textuais

Para diminuir a url do typewiht.me...

A url fornecida pelo site typewith.me é grande e complicada, dificultando o repasse para os nossos alunos. Uma alternativa é usar o site ur1.ca que fornece uma url menor e mais fácil, veja como:

Depois de aberta a página do typewith.me (conforme orientações na postagem: Uma maneira bem simples de utilizar o chat em sua aulas), basta copiar a url, entrar no site ur1.ca, colar no espaço: Enter a long URL e clicar em Make it an ur1!. Logo acima aparece a nova url, é só copiar e divulgar.

Boa sorte!

Antes de utilizar o chat com seus alunos é bom saber...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

Avaliação do Curso PMDDLP


"Não tenha medo das Tempestades...., aprenda a manejar bem seu barco e não mude o curso de sua viajem, só assim chegará em seu destino."
Michelle Meguelete

Caros colegas, chegamos ao final desta etapa, mas acredito que darão continuidade ao estudo nesta área, que abre tantos caminhos para criar, inovar, acrescentar, enriquecer...
Busquem, pesquisem, usem a tecnologia para o crescimento profissional e pessoal.
Esta experiência deixou, para mim, a lição de que é necessário compartilhar para crescer.
                                           Um abraço carinhoso.

Deixem aqui seus comentários a respeito do curso. Agradeço a atenção.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Game da reforma ortográfica - FMU

Confira o jogo abaixo e aproveite para conhecer mais sobre as alterações da reforma ortográfica.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Reforço Digital

 
Vale a pena dar uma olhada neste material do site da Prefeitura do Rio, disponível  também no blog Utilizando as Mídias na Educação Trata-se de questões de Português e Matemática para o ensino fundamental, mas são úteis também para o ensino médio.